domingo, 6 de março de 2011

Sonho brasileiro — Ministério das Relações Exteriores


Sonho brasileiro

Economia
Há décadas brasileiros migram em busca de oportunidades em outros países. Mas o mundo mudou e hoje já se vê uma versão verde-amarela do “american dream”. A força da economia brasileira passou a atrair a mão de obra estrangeira como não se via desde o pós-guerra. Ao contrário da década de 1950, quando o País incentivava a entrada de trabalhadores com pouca qualificação, hoje chegam cada vez mais profissionais experientes vindos dos Estados Unidos, da Europa e de outros países da América do Sul. “Observamos um aumento significativo de pedidos de visto de trabalho, muito ligado ao aumento dos investimentos e da expansão da indústria. O desempenho da economia brasileira está projetando o País. Temos uma imagem diferente do passado”, diz o presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida.
Nos últimos cinco anos, o Ministério do Trabalho concedeu quase 190 mil autorizações de trabalho. E os pedidos só crescem. Apenas nos primeiros nove meses de 2010 foram 39.057 vistos emitidos. Estima-se que a cifra atinja a casa dos 46 mil quando for fechado o balanço do ano. O holandês Maarten Markink, 43 anos, está entre os estrangeiros que acabam de desembarcar a trabalho no Brasil. Diretor financeiro da Pearle Latam, especializada em equipamentos óticos, Markink assumiu em agosto passado o escritório da empresa em São Paulo, aberto no ano anterior. “A combinação do desenvolvimento econômico com a estabilidade política faz as oportunidades”, afirma o executivo. “E a classe média brasileira está crescendo cada vez mais.” Depois de viver quatro anos na Dinamarca e sete na Itália, Markink conta que o processo de adaptação dele e da família em São Paulo foi muito tranquilo. Com mulher e três filhos, o executivo já faz planos de passar os próximos anos no País.

Processo similar vivem famílias recém-chegadas a Macaé, no Rio de Janeiro. Mônica Mello, dona da empresa Welcome Expats, especialista em receber profissionais expatriados, relata que todos os dias chegam especialistas em exploração de petróleo em alto-mar na cidade, principalmente depois que os Estados Unidos proibiram a perfuração em águas profundas no leste do Golfo do México, após o vazamento de petróleo, em junho de 2010. Ela lembra que a cadeia de fornecedores da Petrobras é enorme e que o Brasil não tem mão de obra suficiente para atender à procura. “Os americanos são a maioria, mas há imigrantes do Equador, Colômbia, Venezuela e Argentina que vêm em busca de uma vida melhor”, diz.

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